Em seu método, chamado de maiêutica, ele tendia a despojar a pessoa
da sua falsa ilusão do saber, fragilizando a sua vaidade e permitindo, assim,
que a pessoa estivesse mais livre de falsas crenças e mais susceptível à
extrair a verdade lógica que também estava dentro de si. Sendo filho de uma parteira, Sócrates costumava comparar a sua
atividade com a de trazer ao mundo a verdade que há dentro de cada um. Ele nada
ensinava, apenas ajudava as pessoas a tirarem de si mesmas opiniões próprias e
limpas de falsos valores, pois o verdadeiro conhecimento tem de vir de dentro,
de acordo com a consciência, e que não se pode obter expremendo-se os outros.
Até mesmo na atividade de aprender uma disciplina qualquer, o professor nada
mais pode fazer que orientar e esclarecer dúvidas, como um lapidador tira o
excesso de entulho do diamante, não fazendo o próprio diamante. O processo de
aprender é um processo interno, e tanto mais eficaz quanto maior for o
interesse de aprender. Só o conhecimento que vem de dentro é capaz de revelar o
verdadeiro discernimento. Em certo sentido, dizemos que quando uma pessoa
"toma juízo", ela simplesmente traz à consciência algo muito claro
que já estava "dentro" de si. Assim, as finalidades do diálogo
socrático são a catarse e a educação para o autoconhecimento.
Disponível
em:< http://antroposmoderno.com/antro-articulo.php?id_articulo=1368
>. Acesso em: 05 mai. 2012
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