filosofia moderna Prof Rogerio Freitas Cemeit

http://youtu.be/q_P7XjnZjZA

domingo, 6 de maio de 2012

Em que consiste a “Teoria dos dois mundos” defendida por Platão?


 Evidentemente, não podia escapar a Parmênides que o espetáculo do universo, do mundo das coisas, tal como se oferece aos nossos sentidos, é completamente distinto deste ser único, imóvel, ilimitado,  mutável e eterno. As coisas são, pelo contrário, movimentos, seres múltiplos que vão e vêm, que se movem, que mudam, que nascem e que perecem. Não podia, pois, passar despercebido a Parmênides a oposição em que sua metafísica se encontrava frente ao espetáculo do universo. Então Parmênides não hesita um instante. Com esse sentido da coerência lógica que têm as crianças (neste caso Parmênides é a criança da filosofia) tira corajosamente a conclusão: este mundo heterogêneo de cores, de sabores, de cheiros, de movimentos, de subidas e descidas, das coisas que vão e vêm, da multiplicidade dos seres, de sua variedade, do seu movimento, de sua heterogeneidade, todo este mundo sensível é uma aparência, é uma ilusão dos nossos sentidos, uma ilusão da nossa faculdade de perceber. Assim como um homem que visse forçosamente o mundo através de uns cristais vermelhos diria: as coisas são vermelhas, e estaria errado: do mesmo modo quando dizemos: o ser é múltiplo, o ser é movediço, o ser é mutável, o ser é variadíssimo, estamos errados. Na realidade, o ser é único, imutável, eterno, ilimitado e imóvel.
Declara então Parmênides, resolutamente, que a percepção sensível é ilusória. E imediatamente, com a maior coragem, tira outra conclusão: a de que há um mundo sensível e um mundo inteligível. E pela primeira vez na história da filosofia aparece esta tese da distinção entre o mundo sensível e o mundo inteligível, que dura até hoje.

Disponível em:< http://iffilosofia.blogspot.com.br/2011_10_01_archive.html>Acesso em: 05 mai. 2012.

Um comentário:

  1. Quando pensamos no ser, é claro a que percebemos o ser único que é perante a atitudes, reações e ações que tem durante toda a sua passagem pelo mundo em que vivemos, diferenciando o mundo sensível e o mundo inteligível, e que ambos a sua maneira são importantes.

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